editorial
atas notariais
direito do consumidor
biografias
plágios
plágios
por autores
por executantes
por título
plágios
spam
Direito & Internet
página principal
Divulgação
página principal
Divulgação
página principal
Divulgação
página principal
Direito & Internet
página principal
Direito & Internet
página principal
Direito & Internet
página principal
LET LIGHTS SHINE ON ME X LIGHT FROM YOUR LIGHTHOUSE
(Amaro Moraes e Silva Neto)

(Edição nº 001, de 1º de outubro de 2010.)

No início de outubro de 2008, em Londres, Paul McCartney lançou um Compact Disc nominado Electric Arguments que foi gravado por ele e Youth (baixista do Killing Joke), seu parceiro no projeto Firemen. Foi o terceiro CD da dupla relativamente a esta proposta.

No referido ensaio Paul McCartney executa todos os instrumentos, tal como o fez em seu primeiro disco solo (McCartney), lançado em abril de 1970.

Neste disco há uma canção chamada LIGHT FROM YOUR LIGHTHOUSE, que é a prova viva da apropriação indevidade de mais uma obra de terceiros, por parte de Sir Paul James.

A canção original se chama LET YOUR LIGHTHOUSE SHINE ON ME. O refrão da cantiga não é de autoria de Paul, mas de “blind” Willie Johnson (1897/1945) 1 que, entre 1927 e 1930 lançou quinze discos de 78 RPM, cada um deles com duas músicas (uma de cada lado). Ao depois de sua morte, em 1950, foi relançada toda a sua coletânea, então em vinil. Em 2009 eram mais comuns e disponíveis em MP3.

Agora, voltando ao tema básico, compare o refrão de ambas as letras:

LET YOUR LIGHT SHINE ON ME LIGHT FROM YOUR LIGHTHOUSE
(“blind” Willie Johnson) (Paul McCartney)
Let it shine on me Oh let it shine on
Let it shine on me Oh let it shine on
Let your light from the lighthouse shine on me Let your light from the lighthouse shine on me

A identidade lírica é inequívoca. Sir James acresceu um oh e suprimiu um me. O restante foi marcado com mais igualdade do que é parecido quando é cópia.

Mas não só a identidade lírica é inegável. ¡A música também é igual!

Paul se refere à “inspiração” de LIGHT FROM YOUR LIGHTHOUSE em LET YOUR LIGHTHOUSE SHINE ON ME, no encarte deste seu ensaio, mas não dá os devidos créditos na autoria.

Para tanto, como em vezes anteriores de “inspiração”, Paul diz que a canção de Jonhson é baseada no folclore (o que não é verdade) e, deste modo, não há que se cogitar plágio. Só que a letra que Johnson elaborou é uma letra de sua autoria, não algo pertencente ao folclore. Com a música se dá o mesmo.

Ah... em 23 de março de 2004 esta canção de "blind" Willie foi relançada no CD THE LADY KILLERS.

Aliás é oportuno que ressalte que a "prática" de se apropriar de versos alheios é algo habitual em Sir James. Tal se deu com, entre outras de suas canções, com GOLDEN SLUMBERS.

Enfim, Paul faz parte daquela elite dos que não plagiam, mas que se inspiram em inspirações alheias.

Como é bom, na Inglaterra, ter as benesses de um Lord (¿ou um Sir não é um Lord?).


¡Saudações!


AMARO MORAES E SILVA NETO



REFERÊNCIAS

01 Conta a lenda que, aos cinco anos, Willlie teria dito a seu pai que queria ser pastor e, nesta ocasião, com as próprias mãos, construiu sua primeira guitarra, aproveitando-se de uma caixa de charutos, que ele batizou como cigar box guitar. Aos sete anos ficou cego depois de sua madrasta ter lhe arremessado uma garrafa com ácido em seu rosto. Em 1927 gravou para a Columbia seis músicas que se tornaram as suas canções mais famosas: If I Had My Way, Mother's Children Have a Hard Time, It's Nobody's Fault but Mine, Jesus Make up My Dying Bed, I Know His Blood Can Make Me Whole e Dark Was the Night - Cold Was the Ground.